Saldo das PMEs na semana da Black Friday ultrapassa R$ 120 milhões

Enquanto o comércio varejista registrou crescimento tímido na Black Friday, as PMEs (pequenas e médias empresas) terminam a semana de ações promocionais com crescimento superior ao do mercado. Na semana da Black Friday, de terça-feira (23) à segunda (29), os e-commerces de PMEs faturaram R$ 122 milhões, valor 31% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (R$ 93,4 milhões). Esses dados são calculados a partir do banco de dados da Nuvemshop.

No total, de terça a segunda, as PMEs venderam 2 milhões de produtos, quantidade 18% superior ao volume do mesmo período do ano passado. Os estados brasileiros que registraram os maiores faturamentos na Black Friday foram: São Paulo (R$ 64,4 milhões), Minas Gerais (R$ 12,6 milhões), Rio de Janeiro (R$ 8 milhões), Ceará (R$ 5,8 milhões) e Santa Catarina (R$ 5,5 milhões).

Apenas na data da Cyber Monday, o faturamento total das PMEs no e-commerce foi de R$ 15,4 milhões, valor 22% acima do faturamento da Cyber Monday em 2020. Foram vendidos, apenas na segunda-feira, 252 mil produtos em todo o país (aumento de 12% em comparação com o mesmo dia do ano passado) e os pedidos no dia 29 tiveram um ticket médio de R$ 257.

Reflexo da economia na Black Friday
Apesar do crescimento significativo das vendas virtuais dos pequenos e médios empreendedores neste ano, a comparação com a edição passada traz resultados que corroboram um novo cenário do comércio digital brasileiro. A Nuvemshop constatou que o ticket médio foi de R$ 217 para R$ 244, um aumento de 12%. Essa variação é superior à inflação, que está em alta neste ano.

“Os resultados da Black Friday deste ano indicam que, a despeito do cenário econômico atual, os pequenos e médios empreendedores conseguiram crescer acima do mercado. Para essas empresas, sabemos que a data tem uma grande importância para o faturamento do final de ano e a manutenção do desempenho das lojas virtuais no período. Por isso, observamos que a Black Friday 2021 começou mais cedo, com ações promocionais fortes desde a primeira semana do mês”, afirma Alejandro Vázquez, CCO e cofundador da Nuvemshop.

“A estratégia reflete a conjuntura do mercado: a economia deixou de crescer no ritmo que estava no começo do ano e, por conta disso, as PMEs tiveram que apostar fortemente no mês de novembro para impulsionar as vendas e atrair e reter clientes, já pensando no Natal e nas festas”, conta Vázquez.

Os consumidores também aproveitaram a data para adiantar a compra de alguns presentes para o Natal. O levantamento da Nuvemshop mostra que “Brinquedos” foi o quinto segmento de PMEs que mais vendeu no e-commerce neste ano, registrando um faturamento de R$
3,56 milhões. O segmento nem chegou a estar dentre as Top 5 categorias da Black Friday 2020, o que indica um novo comportamento do consumidor, que aproveitou os preços mais atrativos para antecipar presentes.

As cinco categorias que mais faturaram neste ano foram: Moda (R$ 58,4 milhões), Saúde & Beleza (R$ 8 milhões), Casa & Jardim (R$ 4,8 milhões), Eletrônicos (R$ 3,6 milhões) e Brinquedos (R$ 3,56 milhões) .

Meios de pagamento e logística em destaque
Os meios de pagamento oferecidos pelos e-commerces também retratam a situação econômica dos brasileiros neste ano. Embora o ticket médio das compras seja 12% maior, os consumidores pagaram em parcelas: 47% das compras foram pagas em 2 parcelas ou mais, enquanto no ano passado apenas 31% das compras não foram à vista. Consequentemente, o meio de pagamento mais utilizado nesta edição foi o cartão de crédito, responsável por mais da metade das transações das PMEs no e-commerce.

“Diante do cenário atual, com alta inflação, é natural que as compras acabem pesando mais no bolso do consumidor. Isso se reflete nas escolhas feitas, principalmente em relação ao pagamento. Os brasileiros recorreram às compras parceladas neste ano e o valor final do carrinho esteve um pouco maior, resultado da inflação e também da aposta nas compras da Black Friday para aproveitar descontos”, explica Guilherme Pedroso, country manager da Nuvemshop no Brasil.

Outra novidade desta edição é o Pix como uma das apostas em meios de pagamentos, principalmente para compras de até R$ 200. Neste ano, houve uma boa adoção do Pix, que foi a opção de pagamento de 8% das vendas online de PMEs, enquanto as vendas por boleto foram de apenas 5% e o cartão de débito foi responsável por apenas 0,5% das transações.

Ainda segundo a Nuvemshop, a digitalização das opções de envio também ajuda a impulsionar as vendas: 70% dos pedidos foram enviados por aplicativos de logística, enquanto só 30% dos pedidos foram enviados pelos Correios.

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