O e-commerce brasileiro registrou a menor marca de oferta de frete grátis desde 2012, quando os percentuais de vendas com frete pago e grátis começaram a ser comparados. Segundo dados do 35º Webshoppers, essa modalidade de entrega foi escolhida por apenas 39% dos consumidores em 2016 – quatro anos antes, o índice era de 54%.
Considerados apenas os trimestres, 36% dos consumidores não pagaram frete no quarto trimestre do ano passado, contra 43% nos três primeiros meses de 2015 (veja o gráfico abaixo).
Considerando apenas as dez maiores empresas de comércio eletrônico do país, o resultado é ainda mais baixo: 28%.
O uso do frete grátis por parte dos “top 10”, porém, experimentou um aumento expresivo no começo deste ano: subiu de 19% no primeiro trimestre de 2016 e chegou a 30% no terceiro. O mercado como um todo acompanhou a tendência dos grandes apenas no início do ano.
“Na busca por maior rentabilidade e participação nas vendas, a estratégia das empresas de e-commerce em 2016 consistiu em acompanhar ainda mais de perto o preço dos produtos, prazo de entrega e preço do frete na concorrência, sendo esses os fatores decisivos no processo de aumento das vendas”, analisou Pedro Guasti, CEO do Ebit, no Webshoppers.
No comparativo anual, o resultado também foi positivo, apesar de quase estável. Considerando 2015 inteiro, 60% das compras realizadas tiveram frete pago – neste ano, o índice subiu para 61%.