Desde julho de 2014, o consumidor online vem assistindo à queda paulatina da oferta de compras com frete grátis. O agravamento da crise e o aumento dos custos de operação logística, que já não podem mais ser absorvidos integralmente pelas lojas virtuais, são os responsáveis por essa queda.
“Hoje as lojas já não precisam mais usar a gratuidade do frete para estimular a compra, pois o comércio eletrônico já está estabelecido”, diz Leonardo Palhares, presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). “O frete passou a ser oferecido para o consumidor de acordo com as suas necessidades ou urgência”.
A crise também mudou a forma como o consumidor paga sua compra pela internet – mais à vista e em menos parcelas. Afinal, com a manutenção da taxa Selic elevada e a inflação em alta, as lojas têm optado por oferecer prazos de parcelamento menores e com juros e descontos maiores para pagamentos à vista no boleto.
“O risco do desemprego contribui para que o consumidor não queira fazer dívidas de longo prazo no cartão de crédito”, diz Palhares. Segundo a pesquisa Webshoppers, o pagamento à vista foi preferido por 42% dos e-consumidores. E dos que optaram pelo parcelamento da compra, o número médio de parcelas ficou em 2,4.
Esses dados constam da 34ª edição do relatório Webshoppers, elaborado pela E-bit com o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.