O e-commerce faturou R$21 bilhões no primeiro semestre de 2017 e registrou crescimento nominal de 7,5% ante o mesmo período de 2016, quando foram registrados R$19,6 bilhões. O número de pedidos também aumentou, de 48,5 milhões para 50,3 milhões, assim como o tíquete médio, que passou de R$403 para R$418.
O bom resultado, porém, não foi suficiente para sustentar a projeção de crescimento feita pela empresa no início do ano. Com base nos números do primeiro semestre, a Ebit baixou a expectativa para 2017 – de R$ 49,7 bilhões para R$ 48,8 bilhões, ou seja, de 12% para 10%. Mesmo assim, o setor de e-commerce deve crescer dois dígitos.
“A notícia boa é que o número de pedidos voltou a crescer. Mas uma redução de 12% para 10% não é de preocupar. Vai depender do segundo semestre”, afirmou Pedro Guasti, CEO da empresa. Ele ponderou que, apesar da revisão, a expectativa é realista e pode crescer.
Segundo ele, a economia brasileira deu seus primeiros sinais de reação na primeira metade de 2017, e isso refletiu positivamente no e-commerce. O otimismo se deve, também, pelos resultados da economia brasileira. O Banco Central revisou para cima as prejeções de vendas no varejo, além da queda no desemprego e na inflação. Isso fez com que o índice de pessoas dispostas a comprar online passasse para 84,3% no trimestre de 2017, saindo do seu pior patamar na história.
A liberação do FGTS inativo e a participação cada vez maior dos dispositivos móveis foram algumas das razões pelas quais o número de pedidos se recuperou de um semestre ruim, inclusive no aumento de pedidos, reajustado para cima na projeção de 2017 do Webshoppers.
“No primeiro semestre de 2016, no auge da crise política e econômica, o número de pedidos registrou queda pela primeira vez na história, retraindo 1,8%. Nos primeiros seis meses deste ano, além da recuperação do crescimento, o e-commerce ultrapassou pela primeira vez a barreira de 50 milhões de pedidos”, afirmou.
O número de e-consumidores ativos registrou uma expressiva expansão de 10,3% no período, para 25,5 milhões. Para esse levantamento, a Ebit considera os consumidores que fizeram pelo menos uma compra no e-commerce no primeiro semestre de 2017.